Tiago Barroso jogou no Sporting ao lado de Ricardo Quaresma e Hugo Viana, mas, apesar de dizer que sente saudades do futebol, o actor acredita que é na representação que quer estar. Há dois anos que integra o elenco de ‘Floribella’ e garante que a comédia é a sua praia. Enquanto novos projectos não surgem, aproveita para fazer música. Tem apenas 24 anos e já fez história em muitas áreas. Jogou futebol e foi jornalista. Porém, o sonho de ser actor falou mais alto. Multifacetado, diz que se pudesse representaria, cantava e ainda fazia relatos desportivos. Mas é como actor que se sente realizado.
- Correio Vidas TV – É actor, mas já foi jogador do Sporting...
- Tiago Barroso – Passei ao lado de uma grande carreira (risos). Foi uma parte da minha vida e cheguei a ser federado. Comecei a jogar a sério aos oito anos, no Olivais e Moscavide. Depois fui para o Sporting onde estive durante três anos e conheci as vedetas actuais. Deixei o clube porque chegou uma altura em que tive de escolher. Voltei para o Olivais e Moscavide para conseguir ir à faculdade.
- Arrependeu-se de deixar o futebol?
- Tenho saudades, apesar de jogar uma vez por semana. Mas não me arrependo porque adoro o que estou a fazer e sinto-me realizado.
- Jogou com Ricardo Quaresma e Hugo Viana...
- Exactamente. E agora quando os vejo jogar bate a saudade.
- Mantém contacto com eles?
- Não nos telefonamos, mas quando nos encontramos cumprimento-os.
- Por que decidiu tirar comunicação social?
- Muita gente vai à faculdade apenas para ter um curso, uma segurança, mas isso não aconteceu comigo. Gostei muito de jornalismo e trabalhei para jornais desportivos – fui colaborador do ‘Desporto Jovem’ e ainda estagiei no jornal ‘Record’. Até que comecei a fazer um curso de teatro, no Teatro da Luz.
- E terminado o curso...
- No final tinha uma peça que correu bastante bem. Estava supermotivado e convidaram-me para fazer o casting para a ‘Floribella’.
- Diz que um dos seus sonhos é fazer relatos de futebol...
- Gosto muito de jornalismo, principalmente desportivo, e essa seria uma boa maneira de pôr em prática a minha formação. Mas faço relatos de futebol regularmente, nas actuações da minha banda de música: os ‘Aspegiic’ (não é um medicamento, mas também tira dores de cabeça).
- Vê-se a trabalhar como jornalista?
- Tive a sorte de experimentar uma área fascinante que, quando se começa, agarra. Não tirei o curso por tirar, mas sim por gosto, por isso se tiver oportunidade claro que vou aproveitar. Mas a minha prioridade é a representação.
- É na representação que se sente realizado?
- Estou na ‘Floribella’ há dois anos e tem corrido tudo bem. Estou viciado nesta vida. Sinto-me cansado, mas feliz e útil. É isto que quero da minha vida.
- A ‘Floribella’ está a caminho do fim...
- Sim. Mas quero continuar na televisão.
- E há projectos?
- Não posso dizer nada nesse sentido, até porque não tenho certezas. Estou optimista, mas não sinto uma preocupação constante.
- É multifacetado. Joga futebol, foi jornalista, é actor e ainda tem jeito para a música.
- Já disse uma vez que eu estou numa rotunda e tenho várias saídas. Gosto de, de vez em quando, dar a volta à rotunda, mas neste momento tenho o pisca ligado para a representação.
- Teve formação em música?
- Dois anos de aulas de canto. Nunca tive aulas de guitarra, mas toco alguma coisa.
- Agora tem os ‘Aspegiic’, os ‘Kisto’ e a banda da ‘Floribella’...
- Não sei se a banda da ‘Floribella’ vai continuar, mas gostava. A ‘Floribella’ foi um fenómeno muito grande, quer se goste ou não, um produto que revolucionou. Mas agora está na altura de fazermos coisas novas.
- Precisa de mudar?
- Acho que sim. Não é por precisar ou estar farto de fazer o ‘Henrique’. Confesso que vou ter muitas saudades de toda a gente. Damo-nos muito bem e, ao fim de 12 horas de gravações, saímos juntos. É estranho. Acho que na última semana vamos andar tristes.
- Quem o marcou mais nestes dois anos?
- Dou-me bem com todos, mas tenho uma relação especial com os ‘Kisto’: um grupo de música que eu, o Rodrigo Saraiva, o Marco Medeiros e o Afonso Pimentel criámos nos intervalos das cenas.
- Tem uma faceta cómica muito presente...
- A comédia é a minha praia, por assim dizer.
- Os seus pais aceitaram bem a decisão de enveredar pela representação?
- Ao início estavam apreensivos. Não sabiam como as coisas funcionavam, mas aceitaram bem.
- Não se deslumbrou?
- Tenho os pés assentes no chão e sei que a fama é efémera. Nada mudou em mim.
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- Correio Vidas TV – Gosta de se ver na televisão?
- Tiago Barroso – Sou muito crítico. No geral, podia estar melhor. Quanto à imagem, acho que já me habituei a ver o ‘Henrique’ assim. Vou achar estranho quando cortar o cabelo.
- Reconhece ter algum tique?
- Tenho o tique do ‘Henrique’ de ajeitar os óculos. Faço-o no dia-a-dia apesar de não usar óculos. Às vezes até saio do estúdio com os óculos de cena que não são graduados.
- Mudava alguma coisa?
- Acho que o ‘Henrique’ é, no fundo, o totó e acredito que esteja perfeito.
- Qual foi o melhor momento da sua carreira?
- Foram vários. Adorei uma cena na primeira série, em que fomos jogar bowling. Foi hilariante. Gostei ainda da cena na segunda série em que me vesti de freira.
- O momento mais embaraçoso?
- Foi mesmo a primeira cena. Estava muito nervoso, não consegui dormir na noite anterior e acordei mal-disposto. Parecia que ia para uma tortura. Cheguei aos estúdios e sentia-me deslocado, mas depois de gravar a primeira cena só queria mais.
- Gosta de ser reconhecido na rua?
- Acho que não se trata de gosto pessoal. Lido bem com isso e é uma consequência do meu trabalho, o que acaba por ser positivo. Se não me dissessem nada, alguma coisa estaria mal.
- Uma pessoa de referência na televisão?
- Gosto muito dos actores Anthony Hopkins e Jack Nicholson. Em Portugal, aprecio o trabalho do jornalista José Rodrigues dos Santos.
- Conteúdo preferido em TV?
- Vejo imenso desporto e passei a ver telenovelas. Sou víciado em filmes e, sempre que tenho disponíbilidade, fico horas a ver canais de música e documentários.
NAMORO DE QUATRO ANOS CONTINUA FIRME
Há quatro anos que Tiago Barroso namora com Mariana e, apesar das muitas horas de gravação, a relação não tem sofrido qualquer revés. “A Mariana vê-me feliz e é meio caminho andado para estarmos bem”, considera o jovem que, ainda assim, admite a dificuldade de se aceitar a vida de actor. “No início é difícil para as pessoas compreenderem o cansaço e o trabalho, até porque encaram esta profissão como outra qualquer, o que não é”, diz Tiago Barroso. A relação com Mariana tem sido bastante discreta, postura que, segundo o intérprete de ‘Henrique’, não é propositada. “Vivo a minha vida. Não escondo a Mariana, mas também não a mostro. Isto é o meu trabalho e ela acompanha-me quando pode”, garante, acrescentando que a namorada aceita bem o facto de Tiago ser figura pública.
PERFIL
Nasceu em Lisboa, no dia 1 de Maio de 1983. Dos três aos 18 anos estudou no colégio Valsassina onde o pai era professor de Matemática. Enquanto estudava, começou a jogar futebol, tendo vestido a camisola do Sporting, com Ricardo Quaresma e Hugo Viana. “Passei ao lado de uma grande carreira no futebol”, refere o actor quando acabou por optar pelos estudos. Formou-se em Comunicação Social, estagiou no jornal ‘Record’ e, em seguida, decidiu tirar um curso de teatro. No final, foi convidado para fazer um casting para a ‘Floribella’. Ficou com o papel e há dois anos que interpreta a personagem ‘Henrique’. A música é outra das suas paixões, integrando as bandas ‘Aspegiic’ e ‘Kisto’.
In Correio da Manhã
Aos 25 anos, a ‘Olívia’ da telenovela ‘Floribella’ garante estar a passar por uma das melhores fases da vida. Divertida, Raquel Strada falou ao Vidas TV sobre o trabalho, onde espera vir a ser uma actriz de sucesso, sobre o tempo livre, passado a ‘devorar’ filmes no cinema, e o namorado, que a inscrevia nos ‘castings’ às escondidas.
Vidas TV – Estão quase a terminar as gravações para ‘Floribella’. Já está a pensar nas suas férias?
Raquel Strada – Não vou ter muito tempo de férias, mas se tiver mais do que uma semana vou para a Argentina. Sempre quis lá ir. Tenho a mania de que toda a gente lá dança o tango, então o meu namorado farta-se de gozar comigo a dizer que já vamos sair do avião a dançar. Não sou muito adepta de praia, por isso queria mesmo conhecer uma cultura diferente.
– A ‘Floribella’ foi a primeira experiência a sério na representação. Está satisfeita com o rumo da sua carreira?
– Estou. Acho que as coisas têm de ser um passinho de cada vez. Eu tenho muito medo daquelas mudanças radicais, porque não sei se saberia lidar com isso. No meu caso, as coisas foram acontecendo gradualmente, o que me ajudou a ser muito mais ponderada, a tomar as decisões certas e perceber aquilo que realmente quero. Não tenho nada de que me queixar, tenho tido a evolução que acho ser a natural.
– Começou muito cedo na SIC Radical. Como surgiu essa oportunidade?
– Tudo começou num ‘casting’ em que vieram à rua, viram-me passar e chamaram-me. Eu sabia que o ‘casting’ existia, mas estava lá muita gente e já me estava a ir embora quando disseram para entrar. Fui seleccionada e a partir daí nunca mais parei de fazer televisão. Tinha 19 anos e fui deixando-me ir.
– Nessa altura a Raquel foi morar sozinha...
– Já estava a trabalhar e sempre fui uma pessoa independente. Sou muito dependente dos meus amigos e família mas gosto de ter o meu espaço e senti essa necessidade desde muito cedo. Estou habituada a trabalhar, para ter as minhas coisas.
– Identifica-se com a sua personagem na novela, a ‘Olívia’?
– Sinceramente, não. Ela toma muitas atitudes que eu não tomaria. Apesar de ser uma miúda ponderada e responsável, está dividida entre dois amores. Eu iria logo atrás da pessoa de quem gostava e não ligava àquilo que os outros pensassem. Sempre fui assim, não sou nada romântica, mas considero que quando encontras a pessoa certa tens de ir atrás.
– Está a gravar num ritmo intenso, como aproveita o tempo livre?
– Tento arranjar tempo para mim, e depois há telemóveis e internet. Penso que há sempre tempo para se fazer aquilo que realmente se quer. Às vezes tenho de fazer uma ginástica maior, mas também julgo que querer é poder, e eu aplico isso a tudo na vida.
– O que não abdica de fazer quando tem um tempo livre?
– Passo a vida no cinema, mesmo quando acho que os filmes são uma porcaria. Vejo tudo, gosto de ver como os actores estão. Gostava muito de fazer cinema mas temos de dar um passo de cada vez.
– Qual é a sua rotina quando não está a gravar?
– Acordo ao meio-dia, porque gosto muito de dormir, vou tomar o pequeno-almoço, tomo banho, dou comida ao meu cão, vou ao café comprar o jornal, leio as notícias, vou passear, e ainda tenho tempo para arrumar a casa. Cozinhar é que não é comigo. O meu namorado é que cozinha mais. À noite vou quase sempre ao cinema. É uma rotina normal.
– Como é que se define?
– Sou decidida, às vezes um bocadinho insegura em relação ao meu trabalho, acho que sou comunicativa, muito amiga dos meus amigos. No fundo, acho que sou uma pessoa bem-disposta, a alegria é daquelas coisas que tomam conta da minha vida. O que vier, veio, o que não vier é porque não estava destinado.
– Namora há cinco anos com a mesma pessoa. O seu namorado é muito orgulhoso do seu percurso profissional?
– É, foi ele que me incentivou a seguir esta área. Nunca me imaginei à frente de uma câmara, gostava mais de estar nos bastidores, mas ele deu-me força para ir em frente. Como era uma boa comunicadora, ele achou que devia inscrever-me em ‘castings’. E como eu não o fazia, ele fazia as inscrições por mim. Foi assim para o ‘Curto Circuito’ e o ‘Diário de Sofia’. A partir daí, as coisas começaram a acontecer naturalmente sem ele fazer nada por mim.
– Qual é o segredo para a vossa relação ter resistido a todas as mudanças na sua vida?
– Eu acho que as pessoas têm de se compreender uma à outra. Se houver respeito e compreensão tudo resulta. As coisas só acabam quando não há paixão e não há amor. Como não é o caso, está tudo óptimo.
– Não pensa em casar e vir a ter filhos?
– Não, para já não. Nem ter filhos, nem casar-me, estou bem assim. É verdade que quero muito ser mãe mas agora não é a altura certa.
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Vidas TV – Gosta de se ver na televisão?
Raquel Strada – Sou muito crítica em relação ao meu trabalho e penso sempre que podia ter feito melhor. Por isso, há cenas que penso que ficaram bem feitas e outras que nem por isso.
– Reconhece ter algum tique?
– Tenho um, que fazia tanto a apresentar como na novela e que já tentei retirar à personagem, que é estar sempre a mexer no cabelo.
– Mudava alguma coisa?
– Mudava tanta coisa! As coisas específicas tento alterar no dia-a-dia. Estou a tentar fazer a ‘Olívia’ mais perto do que ela é.
– Qual o melhor momento da sua carreira?
– Julgo que ainda está para vir, tenho muitos momentos bons mas não aquele que possa dizer que me sinta completamente realizada. Estar na ‘Floribella’ tem sido uma experiência muito agradável. Está a ser um dos bons momentos da minha carreira.
– E o mais embaraçoso?
– A apresentar já tive bastantes: já caiu um projector no meio do programa, já pegou fogo uma cortina, já aconteceu de tudo e mais alguma coisa. Já anunciei convidados que depois não estavam nos estúdios e tive de inventar conversa para 15 minutos. Na novela as coisas são muito mais estudadas.
– Gosta de ser reconhecida na rua?
– Gosto que as pessoas me reconheçam pelo meu trabalho, agora gostar de ser abordada na rua não, são duas coisas diferentes. Tens sempre aquela carga que se as pessoas me conhecem tenho de estar sempre a sorrir e nem todos os dias estou bem-disposta. Mas, por outro lado, é um reconhecimento do meu trabalho, se ninguém me reconhecesse eu achava estranho.
– Uma pessoa de referência na nossa televisão?
– A Fátima Lopes, gosto muito do trabalho dela. Do pouco que a conheço, é uma pessoa muito humilde e profissional. É uma apresentadora como eu gostava de ser.
– Conteúdo preferido em matéria de televisão?
– Ultimamente andava a ver muito o ‘Sexo e a Cidade’. Gosto de séries como o ‘Dr. House’ e o ‘Prison Break’. De telenovelas, estou a gostar muito de ‘Vingança’.
PERFIL
Ana Raquel Strada Marques tem 25 anos e, apesar de ter ascendência espanhola, foi em Lisboa que nasceu. Comunicadora nata, desde miúda que dizia que queria ser jornalista ou apresentadora. E foi esse o curso que seguiu, apesar de os pais preferirem que a sua única filha fosse uma médica ou advogada de sucesso. Ainda assim, Raquel decidiu levar a sua decisão avante e hoje não se arrepende. Aos 19 anos começou a trabalhar para a SIC Radical, onde apresentou programas como o ‘Sixteen’. Actualmente na telenovela ‘Floribella’, Raquel Strada garante que se encontra dividida entre dois amores: representar e apresentar. Serena em relação ao que o futuro lhe reserva, a actriz explica que está aberta a propostas nas duas áreas mas não esconde que se deixou seduzir pelo mundo da representação e que gostaria de fazer cinema ou teatro nos tempos mais próximos.
A COSTELA ESPANHOLA DE RAQUEL
Apesar de ter ascendência espanhola, a actriz garante que não tem muitos hábitos característicos do país vizinho. “Danço e canto muito mal e não gosto nada de fritos”, conta Raquel Strada em tom de brincadeira.
Ainda assim, a apresentadora e actriz está a fazer tudo para aprender a língua de origem da família. “Era uma vergonha porque nem sequer sabia falar ‘espanhol’. Mas ainda neste ano acabei um curso no ISCTE de ‘espanhol’ para me familiarizar um bocadinho com a língua, porque vou muitas vezes a Barcelona e a Madrid e pensei que fazia sentido. Ter uma costela espanhola e não saber dizer nada achei que não me ficava muito bem”, contou Raquel Strada, que resolveu adoptar o nome da mãe para o mundo profissional.
“O meu último nome é Marques e o primeiro é Ana, e se eu utilizasse Ana Marques já não seria a primeira. Então, quando estávamos a decidir que nome utilizar, pensámos que fazia sentido ser Raquel – porque toda a vida me chamaram assim –, conjugado com Strada”, explicou a actriz, que está nos últimos tempos de gravações para a telenovela da SIC ‘Floribella’. Depois disso terá direito às merecidas férias.
ACTRIZ FAZ DE MIÚDA DE 18 ANOS
Na telenovela ‘Floribella’, a actriz, de 25 anos, desempenha o papel de uma rapariga de 18 e acredita que, durante uns tempos, fará sempre papéis de jovens adolescentes. “Sempre tive cara de miúda, tenho voz de miúda, e julgo que durante um bom tempo vou fazer personagens mais novas do que eu”, contou Raquel Strada, que garante que depois de uns anos a representar vai sentir-se capaz de desempenhar qualquer papel. “Quando for uma boa actriz vou conseguir desempenhar qualquer personagem. Mas compreendo que para produtos imediatos escolham as pessoas mais próximas daquilo que pretendem”, explicou.
In CM
Quer conciliar a música com a representação, gosta de raparigas simples e de competir com ele próprio, daí ser fã de boxe. Aos 22 anos não quer parar de aprender lições de vida.
Fizeste um curso na Escola Profissional de Teatro de Cascais, como descobriste essa vocação?
Era muito novo quando percebi o que queria fazer. Já o meu pai fazia o mesmo de uma forma amadora. Penso que terá sido po causa dele que comecei a gostar dos palcos. Foi ao meu pai que fui buscar as minhas inspirações. Acompanhava-o naquilo que fazia. Ele era encenador, mas era mais cantor. Desde muito pequenino que me habituei a deitar-me tarde para assistir aos ensaios. Daí veio a minha vontade de fazer disto uma forma de vida, ma mais séria. Tenho muito respeito por quem é amador, mas optei por aprender mais, por saber exactamente o que estava a fazer.
Então a tua família não estranhou teres optado por uma carreira artística?
Não, para eles foi uma coisa completamente normal, uma rotina diária.
O teu pai ficou orgulhoso?
O meu pai ficou muito orgulhoso por alguém da família, neste caso o filho dele, ter conseguido fazer aquilo que ele nunca conseguiu, que foi fazer do espectáculo a sua vida. Acho que ele também não quis, o caso dele era diferente. Mas para o meu pai foi tudo muito difícil, mais do que tem sido para mim.
Gostas mais da música ou da representação?
Complementam-se. Gosto de ambas. Antes de fazer teatro já tocava e cantava, mas era uma coisa muito mais utópica que o teatro, pois via que o teatro era mais fácil de atingir, já fazia parte da minha vida. Considerava que música estava muito longe do meu alcance, porque é um meio muito fechado. O que me abriu as portas da música foi a representação. Mas são duas coisas que me complementam igualmente. Fazem parte do meu dia-a-dia. São as minhas paixões.
Antes de tocares na Banda da "Floribella" onde tocavas?
Tocava no meu quarto, com o meu cão. Toquei um mês num bar, mas era muito complicado. Já há bares onde respeitam o músico, mas naquele era a mesma coisa que estar a tocar um cd. Gosto de bares onde se vai para ouvir música, até porque eu não sou daquelas pessoas que enquanto ouve música fala. Eu, ou oiço música ou estou a falar.
Como está a ser a experiência da "Floribella", dos concertos?
Sinto que ganho mais bagagem de concerto para concerto, mas de modo algum estou no topo de uma carreira. Acho que ainda me falta muita estrada, ma tem sido uma grande base, uma óptima experiência. O ano passado foi uma fase de explosão, de furor porque a "Floribella" era uma novidade no país. Foi um fenómeno. Acho que nunca mais na vida vou passar por algo assim, claro que gostaria, mas aquele sucesso todo é difícil. O entusiasmo do público é enorme. Recordo-me do nosso concerto em Guimarães. Ganhei noção da grandiosidade dos nossos concertos e eu quando ia a concertos grandes costumava estar no público e ali estava a ser o contrário. Foi o momento do clic, em que percebi que a telenovela era um sucesso e que eu estava a passar por uma experiência fora de série. Este ano as pessoas já estão mais habituadas a ouvir-nos. Já não há tanta novidade, nem para o público, nem para nós.
Identificas-te com as músicas da "Floribella"?
Não é o estlo que eu escolheria para tocar ou compor, mas é um golpe de génio de quem as compôs porque os temas são muito "orelhudos". Não há ninguém que não conheça uma música da "Floribella", é impossível que elas não entrem no ouvido. Há frases músicais que me agradam muito, mas o albúm que fiz há pouco tempo é diferente. Foram músicas que escolhi, tenho ali o que quero e gosto de ouvir.
Deve dar muito gozo fazer concertos com essas músicas que o público já sabe tão bem...
Sim, dá muito gozo. Divirto-me muito nos concertos, divirto-me muito a tocar com os meus colegas.
Porque razão dizem que és o mais vaidoso da banda?
Sou um metrosexual assumido. Sou mesmo, e não tenho vergonha nenhuma de o dizer, ao contrário da maior parte dos homens. Não saio de casa sem me arranjar, faço desporto, uso alguns cremes. Gosto de cuidar de mim, de ter cuidado com a minha saúde e dou importância ao aspecto físico. Não ligo ao das outras pessoas, mas ao meu sim. Não faço disso o centro da minha vida, mas sou cuidadoso comigo.
Tens tido sucesso com os teus cuidados com a imagem? Tens namorada?
Isso eu guardo para o meu diário.
O que mais gostas numa rapariga?
Fisicamente são os pés, mas no seu todo, gosto de uma pessoa compreensiva. A simplicidade facilita tudo. Uma pessoa simples adapta-se a qualquer meio, a qualquer estilo de vida, enfim a tudo. É claro que também gosto de ter algumas dificuldades, porque não gosto de coisas fáceis. Gosto que me compliquem a vida, mas não muito.
Achas que há muitas adolescentes apaixonadas por ti?
Não sei. Sei que há muitas pessoas que simpatizam com a minha personagem.
Como lidas com o assédio dessas fãs?
Nunca me dou muito bem, porque fico envergonhado. Até devia ser ao contrário, as outras pessoas é que deviam ficar envergonhadas. Agora, como já estou mais habituado já consigo "meter" mais conversa. Entrego-me muito às pessoas, digo algumas piadas, o que é sempre um bom escape.
Quando vai ser lançado o teu cd?
Já está gravado, será lançado durante o mês de Setembro e vai chamar-se Marco Medeiros.
O que representou para ti gravar o teu primeiro cd?
Foi mais um marco na vida do Marco. Consegui furar aquele círculo fechado do mundo da música. Agora só espero continuar porque tudo o que eu faço na vida é para ter continuação, não é para ser só uma experiência. Este cd foi feito com aquilo que acho que é qualidade, da melhor maneira que sei. Um dia vou olhar para ele e pensar: "é meu, fui eu que o fiz, eu consegui fazer isto". Ele até pode ser o maior fracasso, mas fui eu que o fiz e gosto dele.
Qual o género musical que seguiste?
Tem pop, rock, jazz, soul, funck. É uma grande mistura.
Qual a tua formação musical?
Canto lírico, expressão oral por causa do teatro, mas a nível instrumental sou um auto-didacta.
Depois do cd lançado como vai ficar a tua carreira de actor?
Vai ficar na mesma. Quando a "Floribella" terminar quero continuar. Alguma coisa vai surgir e se não surgir vou à luta.
O que a experiência da "Floribella" te acrescentou como pessoa?
Muito. Ajudou-me a perceber que o sucesso é efémero, que a estabilidade profissional também. A "Floribella" trouxe-me dos momentos mais felizes da minha vida. Foi a fase em que alcancei mais estabilidade em todas as áreas. Fiz muitos amigos. Não tenho vida pessoal, porque a minha vida é a minha profissão. O meu bem-estar depende muito da minha profissão, por isso tive a sorte de estar um ano e meio bem. Posso afirmar que nunca tinha estado um mês sem trabalhar, mas este foi um ano muito estável e que deu a possibilidade de dar a conhecer o Marco Medeiros ao público. Ao teatro vão 100 pessoas por dia e a "Floribella" era vista por cerca de um milhão... Abriu-me muitas portas. Tenho a certeza que daqui a 50 anos vou agradecer à "Floribella" e já agradeço. Como actor cresci muito porque a televisão obriga-nos a um ritmo de trabalho intenso, pois temos de atingir a perfeição em segundos, é um grande exercício.
Porque razão deixaste de viver sozinho?
Viver sozinho foi uma experiência boa. Um dia acordei e achei que ir viver sozinho me ia fazer bem. Foi uma experiência de um ano que me enriqueceu muito, cresci como pessoa. Passado um ano percebi que realmente gostava da solidão, mas não quando era obrigatória. Estava a sentir-me muito só. Por isso resolvi voltar para casa dos meus pais. Eles e o meu cão fazem-me muita companhia.
Faz-te confusão teres voltado a viver com os teus pais?
Alguma. Em casa dos meus pais desleixo-me com a arrumação das minhas coisas. Sinto-me mais adulto desde que vivi sozinho, gosto dessa sensação, mas ainda sou um puto, ainda faço muitas asneiras e estou a aprender diariamente. Espero que assim seja até aos 100 anos.
O que mais te fascina no boxe?
É a competição. Gosto de competições interiores, gosto de competir comigo. Embora o boxe tenha sido uma ilusão. Sou um fanático da saga do Rocky e via sempre o treinador a puxar por ele, e ele ultrapassava os limites. E de facto no boxe ultrapassam-se limites, mas não estamos sozinhos, as aulas são em conjunto e a atenção dispersa-se. Gosto de sair das coisas a morrer, como se desse mais um passo e morresse. Mas afinal eu saía das aulas ainda com energia para pensar. Já não pratico boxe há uns meses... Para quem faz televisão não é bom aparecer todos os dias com um olho
negro.
Perdeste 14kg num mês antes de começares a gravar a "Floribella". És sempre assim tão determinado?
Sou muito. Quando ponho uma coisa na cabeça faço-a. Não aconselho a ninguém, acho que fui muito exagerado. Espero vir a ter mais momentos de determinação na minha carreira. Eu não era o exemplo de um galã ou do menino bonito da banda e achei que o meu papel pedia uma certa imagem que eu não tinha.
No teu disco há letras e músicas que são tuas. Em que te inspiras? As músicas já estavam escritas há muito tempo?
Há oito que são minhas. Trabalho muito sob pressão e até sou desleixado. Cerca de quatro músicas já estavam feitas. Inspirei-me naquelas fases da juventude em que me sentia só, angustiado. As outras foram feitas sob pressão. Há letras que poderia ter feito com mais calma, mas acabei por fazer no limite da entrega. Percebi que é assim que funciono. Podia achar que tinha escrito letras sem sentido, mas não. Consegui que contassem uma história, exprimissem um sentimento. Claro que ia tendo ideias durante a semana, mas só num dia é que as punha em papel. De qualquer forma consegui fazer um trabalho com alguma qualidade, modéstia à parte. A modéstia é importante, mas também temos de valorizar o nosso trabalho.
in Gente Jovem (nº 47) - http://www.marcomedeiros.pt.vc
Créditos: Floribella Online
Olá a todos!! Hoje trago-vos 1 novidade e 2 entrevistas ,uma da Luciana Abreu e outra do Ricardo Pereira, que tirei de uma revista. Espero que gostem!!
Cristina Cavalinhos apadrinha desafio 'Família em Linha'
Entrevista com Luciana Abreu
Entrevista com Ricardo Pereira
(clika nas imagens para leres)
Fonte: Revista Gente Jovem
Quais as expectativas para o concerto de sábado ?
Apesar de ser a primeira vez que vou a Viseu, as expectativas são muito boas. O público tem-me apoiado sempre, é muito comunicativo comigo, o que me faz ter força para cantar, dançar e estar com ele. Espero que seja isto que aconteça no espectáculo em Viseu para nos divertirmos imenso e fazermos uma grande festa.
As crianças querem ser como a “ Floribella”. Como tem reagido ao assédio dos mais pequenos ?
Muito bem. Já não consigo viver sem eles. As crianças são a minha força para ultrapassar todos os obstáculos do mundo da televisão e também da minha vida. Os sentimentos das crianças são verdadeiros e puros, por isso, é um orgulho cantar para elas.
Sente o peso da responsabilidade por ser o ídolo de tantas crianças?
Sim, claro. A responsabilidade é enorme porque tento sempre transmitir-lhes os meus valores para elas encontrarem o melhor caminho. Eu como já sofri muito e tive muitos obstáculos na vida tento passar-lhes todas as experiências que já aprendi. Ninguém consegue imaginar como é estar em palco e ver as crianças a aplaudir, a chamar o meu nome, a dançar comigo, é magnífico!
Quais os seus projectos futuros?
Tenho muitos planos, mas a única coisa que posso adiantar é que vou lançar um disco a solo mas também realizarei muitos espectáculos no papel de “Floribella”.
Uma mensagem para as crianças.
Quero dar os parabéns a todas as crianças que passaram de ano, e para as que reprovaram, estudar mais. Portem-se bem, ajudem os pais e deitem-se cedo.
In Jornal do Centro, ed. 278, 13 de Julho de 2007 / Floribella Pt
É dos jovens actores com o talento reconhecido em Portugal e no Brasil... Ricardo faz algumas revelações...
"Fiquei indenpendente bastante cedo porque também fui trabalhar muito jovem, cmo modelo. Desde os 16 anos que vivo sozinho: comecei a viajar pelo Mundo, mas, sempre que posso, regresso ao porto de abrigo. Gosto imenso de estar com os meus pais, tenho uma relação muito cúmplice com eles. Sou totalmente o menino da mamã e adoro ser. Muitas vezes, à medida que crescem, os filhos afastam-se dos pais e não há necessidade. Devemos aproveitá-los enquanto eles estão vivos e sugar-lhes, no bom sentido, todas as aprendizagens. Apesar de sermos moldados ao longo da vida, somos o que somos graças a eles."
A sua personagem em Floribella é Máximo, contudo, as coisas não têm sido fáceis para o actor...
"Está a ser um trabalho totalmente novo para mim e que me faz demorar a entrar na personagem, a construí-la, a habituar-me a estes textos, a esta línguagem, a este trabalho para um público jovem. Tem sido um trabalho árduo, mas muito interessante porque, enquanto actores, deveremos mostrar a nossa versatilidade." diz....
O público que aborda o cartor na rua também mudou, agora são as crianças que pedem autógrafos...
"Obrigam os pais a fazê-lo. Alguns têm vergonha do Máximo porque a minha personagem é autoritária, de nariz empinado e as pessoas às tantas podem pensar que sou assim."
Ricardo fala de Luciana, explica a relação que tem com ela...
"Dou-me bem com ela. Procuramos trabalhar, em conjunto, os textos, para que a história passe uma alegria."
Curiosidade...
"Quando gravei Como Uma Onda, apareci do nada na cidade e conheci um grupo de mendigos. As cenas tinham de parecer tão reais, que, durante quatro dias, não tomámos banho, comemos com à mão, vestimo-nos como mendigos, e, inclusive, pedimos dinheiro, à noite, na rua."
in Revista Maria
Créditos Fica a Saber Blog
O Blog atingiu os 1000 comentários! Obrigada a todos por comentarem o blog! E continuem a comentar!! Pus uma nova música no player do blog, espero que gostem, foi um pedido que me fizeram por comentário, é a música da Olívia e co Afonso (uma das...). E também queria agradecer ao Vitor que postou e "tomou conta" do blog quando eu não estive cá. Obrigada! E, para responder a vários comentários: eu tirei o chat porque havia pessoas a fazerem-se passar por quem não eram, pelas persaonagens, actores e até por mim. Também havia pessoas a utilizarem uma linguagem que eu não gostei... Além de ter tido várias queixas de visitantes do blog e de autores de outros blogs. Foi por isso que tirei o chat... Sei que havia pessoas que gostavam do chat e que não faziam nada disto, só íam para lá para se divertirem e conversar com outros fãs... Eu peço desculpa a todas essas pessoas... Espero que compreendam o que fiz e porque o fiz....
E.......não deixem de visitar e comentar o blog! Obrigada por tudo!!
Beijinhos
para desfilar numa parada
para a comunidade portugues a de Newark para a comemoração do Dia De Portugal e das Comunidades.
Rui Unas, o actor que interpreta o cómico Araújo em Floribella, esteve em entrevista com a revista TV Mais.
Sabe o que é um fora de jogo? Se sim, explique o que entende por fora de jogo.
É quando um jogador de uma equipa faz um passe para outro jogador da equipa adversária e passa a linha.
Era capaz de dar uma voltinha num carro de fórmula 1? Porquê?
Sim, desde que me explicassem onde é que eram as mudanças, acho que são num sitio esquisito, e me fizessem um seguro, para o caso de eu partir o carro todo e não ter que pagar nada! Não ia acelerar muito, mas seria uma experiência irrecusável.
Que jogador de futebol punha a fazer uma telenovela? Porquê?
Punha o Nuno Gomes, porque acho que ele representa muito bem no campo e além disso tem muito cuidado com a imagem. Daria um bom actor para os "Morangos com Açúcar"!
A quem mostraria um cartão vermelho?
Ninguém em especial. Olhe a si! Está a fazer-me perguntas e eu aqui cheio de fome!
Seria capaz de votar em Scolari para Presidente da República?
Não, não tem perfil.
Qual foi o último evento desportivo a que assistiu?
Torneio Vale Tudo. É de luta livre, e vale mesmo tudo!
Maria Sharapova, Diana Pereira ou Ticha Penicheiro. Com qual delas preferia jantar? Porquê?
Escolhia a Ticha Penicheiro, porque apesar do sotaque, fala português! E também tenho curiosidade em saber como é que é estar num campo entre muitas mulheres altíssimas.
in: TVMais
Créditos: Floribella Online