Marco Medeiros tem 21 anos e é o galã da Banda da Floribella. Começou no teatro, mas depressa transitou para a televisão. Para viver o papel de Flip na novela da SIC, emagreceu 14 quilos num só mês. Apesar de ser um dos actores mais assediados pelos fãs, diz-se tímido e envergonhado.
VIP - Como é que está a correr o seu desempenho em Floribella?
Marco Medeiros - Bem, acima da média. Foi uma nova aposta, para o canal e também para mim. Tem tido um sucesso enorme e tento corresponder.
É um dos actores que vai transitar para a próxima série. O que espera da evolução da personagem?
Fiquei muito contente, significa mais trabalho. Atravessamos uma fase em que há muita gente a tentar entrar nesta profissão e há pouca oferta. Garantir mais um ano de trabalho é uma coisa que me tranquiliza. Sobre a personagem, o simples facto de evoluir já é positivo.
Como foi seleccionado para o elenco da novela?
Estava no Dei-te Quase Tudo, quando fiz um workshop com o Attílio Riccó, o realizador. Gostou do meu curso e passado duas semanas de ter acabado recebi uma chamada urgente para mandar o meu currículo para a produtora TGSA. Mandei e nesse mesmo dia fui lá fazer um teste de imagem, sendo escolhido.
Uma das exigências para o papel era saber tocar guitarra.
O Attílio Riccó sabia que eu tocava. Já era uma vantagem.
Como foi parar ao mundo da representação?
Comecei desde pequeno. O meu pai era encenador e eu entrava em algumas coisas, mas nem sabia o que estava a fazer. Tomei noção foi quando acabei o 9º ano.
Então teve formação de actor?
Sim, na Escola Profissional de Teatro de Cascais, durante três anos. Aprendi muito. No final desses três anos fui para o Teatro Experimental de Cascais. Um ano depois, chamaram-me para o elenco adicional de Dei-te Quase Tudo e estive cerca de dois meses na novela. Antes também tinha feito uma série do Inspector Max.
Emagreceu muito para viver o Flip.
Foi opção própria, mas tem uma lógica. Na descrição da personagem dizia que o Flip era o engatatão da banda, o galã. Uma pessoa com 1,74m e 80 quilos dificilmente é galã. (risos) Perdi 14 quilos no mês antes das gravações.
Como conseguiu?
Graças ao café. É um mau exemplo. Não aconselho a ninguém, mas era o que me fazia ficar em pé. Foi uma parvoíce. Só comia sopa e legumes. Agora vejo que não era necessário ter passado por aquilo. Abusei e tive consequências, como fraqueza. Felizmente não me aconteceu nada pior.
E quando começou a faceta de guitarrista?
Não me lembro. Nunca tive aulas. Fui autodidacta. Aconteceu com todos os instrumentos que toco.
O que é que toca mais?
Gosto muito de tocar piano. É o instrumento com que mais me identifico.
Identifica-se com as músicas da Floribella?
As músicas da Floribella são uma grande rasteira para quem as ouve. Ficam no ouvido e não saem. Se tivesse de lançar um projecto musical não ia para esse ritmo latino, mas nos concertos dá-me muito gozo tocar as músicas da Floribella.
Vive com os seus pais?
Não, vivo sozinho. Por isso, tenho de chegar a casa quase a morrer, para não pensar que estou sozinho - adoro estar atarefado. Estar mais de dois dias sem gravar é chato. Adorava ir gravar de manhã, ter cinema à tarde e teatro à noite.
É um dos actores do elenco que mais recebe cartas de fãs. Costuma responder?
Não consigo, só a e-mails. Por correio implica gastar uma série de tempo que não tenho - é escrever, comprar selo, ir aos correios. Prefiro que me mandem a carta e metam lá o endereço de e-mail. Aí respondo, não na mesma semana, nem talvez no mesmo mês, mas respondo.
O que é que lhe costumam dizer nas cartas?
Às vezes há meninas de sete anos a falar como mulheres. São muito educadas. Tratam-me por você. Há sempre aqueles "betaites", mas nunca fui maltratado.
Identifica-se com o visual do Flip?
Não muito. Sou pouco formal, mas um bocadinho mais do que o Flip. Ele vai ao guarda-roupa e veste qualquer coisa. Tenho um bocadinho mais de atenção. Ele é um atleta e eu também, mas a roupa é diferente.
O que pratica?
Vou ao ginásio e pratico boxe. Sem competição, é só para descarregar energias.
Com uma personagem galã, como é abordado na rua?
É mais o sexo feminino. Oiço coisas engraçadas, mas sou muito envergonhado e às vezes apetece-me enfiar num buraco. As pessoas pensam que nós somos um boneco e que podem dizer o que querem que nós não vamos reagir. Já aconteceu ficar frente a frente com alguém que se vira para os amigos e diz: "Hei, é ele!" E fica ali a apontar, quase a tocar-me no nariz.
Tem namorada?
Não vou responder.
in Revista VIP (nº 497)
Retirado de http://www.marcomedeiros.pt.vc/
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